Confidências duma Balzaquiana desiludida com alguns homens e surpreendida com outros

28
Mai 09

 

O assunto é melindroso e vou tentar ser o mais cirúrgica possível.

Caros amigos e amiguinhas, a amizade numa relação é em todos os aspectos o pontífice máximo a que se pode ascender, é ela a base e o cume, é a garantia do respeito, sinceridade e fidelidade assim como o elo mais durável que prende duas pessoas… tendo isto, todos concordamos que o conceito da balela "só amigos" é em si uma intrujice de quem não tem amizade para dar…

Então se dois sujeitos, (um masculino e outro feminino, ou dois femininos, ou dois masculinos ou outra combinação …), se andam a papar um ao outro durante algum tempo, ou a viver um episodio romântico, vá, (…"por ser para ti eu uso um eufemismo"… Lado Lunar de Rui Veloso), e é chegada a altura de acabar a relação amorosa, voltam a ser amigos, mas não só amigos… e sim simplesmente amigos… porque ninguém é na realidade só amigo, ou são amigos ou não são… e no caso em cima da mesa, (e perdoem-me a franqueza mas eu gosto muito…) depois de terem vivido situações de maior cumplicidade e intimidade, nunca poderão voltar a ser só amigos, porque ambos já terão visto os entre folhos um do outro, os da alma e os do corpo e a amizade ascende a outro patamar… se continuarem deveras amigos, então só ascende e nunca poderá acontecer o contrário.

As regressões na intensidade da relação entre duas pessoas após acabarem um episódio romântico é natural durante um curto período de tempo, apôs o qual existem dois caminhos para o futuro da relação, ou uma amizade mais consolidada e forte, ou o distanciamento entre os dois actores; nesta última eles passam um pelo outro e acenam com a cabeça, e creio que é a isto que vulgar e erroneamente se referem quando dizem vamos ser só amigos…

O meu conselho é, se algum dia usarem esta balela convosco, peçam-lhe para ir ver se está a chover no Líbano…

Autoria: Alguém muito especial!!!
 
Balzaquiana às 22:06
sinto-me: inspirada
música: Efectivamente - GNR

23
Nov 08

Numa relação que acabou é incontornável: há ganhos e perdas.

Para ambos os lados.

E apesar do socialmente correcto "ficámos bons amigos" existem mágoas e ressentimentos.

Aliás ainda gostava de entender como é que 2 pessoas que foram íntimas descem alguns degraus e passam a ser "bons amigos".......

Eu devo ser uma aberração: nunca consegui ficar boa amiga de nenhum dos meus ex.

Mau feitio, está visto!

De alguns o máximo que consegui foi continuar a dar-lhes os parabéns e as boas festas; ainda tentei com alguns mas existe demasiado passado para conseguir ser muito modernaça.

Mas voltando atrás: numa relação existe sempre um que "dá" mais que o outro.

Tem a ver com a personalidade e também com o facto de homens e mulheres terem condutas diferentes face à vida.

Quando me refiro a perdas o que me vem à memória é o que se perdeu em termos emocionais. Porque termos entregado emocionalmente a alguém que acabou por não entender esse gesto magoa muito.

O estar por estar é a causa de muito sofrimento.

E se calhar eu não tive muita sorte: eu sempre estive inteira numa relação e nem sempre o parceiro fez o mesmo.

Daí que a nossa auto-estima comece a ser minada por dúvidas, por desconfiança e finalmente cheguemos a uma conclusão: melhor ir cada um para seu lado, viver a sua vida.

É um passo de coragem, admito.

E quantas pessoas o não fazem por medo de......

Acho uma cobardia nã acabar o que não faz mais sentido.

O manter um relacionamento moribundo só porque "dá jeito" é uma atitude de pura cobardia.

E nesse ponto as mulheres são de facto mais corajosas.

E quando batem com a porta raramente a tornam a abrir.

Porque foi uma atitude bem amadurecida e não fruto de um impulso.

Por isso uma mulher que termina uma relação faz um luto.

Um homem vai logo à procura da próxima.

Ou fica a lamber as feridas ou como se diz "com dor de corno".

Mas acabar uma relação é sempre um momento de reflexão.

 

 

Balzaquiana às 18:32
música: I'm Yours - Jason Mraz
sinto-me: pensadora

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